Pesquisa revela que 74% dos empregadores brasileiros percebem maior rigor dos jovens entre 18 e 27 anos na negociação salarial
As expectativas salariais da Geração Z estão cada vez mais elevadas, representando um desafio significativo para as empresas que buscam atrair e reter esses profissionais. Uma recente pesquisa da consultoria Robert Half aponta que 74% dos recrutadores no Brasil consideram os candidatos da faixa etária de 18 a 27 anos mais exigentes ao negociar salário e benefícios, superando em muito outras gerações como Millennials, Geração X e Baby Boomers.
Exigência salarial da Geração Z supera outras gerações
- 41% das empresas afirmam que os jovens da Geração Z estão “muito mais exigentes” em relação ao salário, contra 24% dos Millennials, 18% da Geração X e apenas 9% dos Baby Boomers.
- Outros 33% dizem que esses jovens estão “um pouco mais rigorosos” – índice menor comparado aos Millennials, que alcançam 47%.
- Por outro lado, 41% dos empregadores notam estabilidade no comportamento da Geração X e 31% observam uma menor exigência salarial entre Baby Boomers.
Benefícios corporativos ganham peso na decisão
Além do salário, os benefícios também são parte crucial na negociação, com 72% dos líderes nacionais identificando um aumento nas demandas da Geração Z por contrapartidas além do pagamento mensal. Esses profissionais justificam suas expectativas com base em:
- 39% pelo desenvolvimento de novas habilidades
- 34% pelo desempenho comprovado
- 28% pelo impacto da inflação
Amanda Adami, gerente da Robert Half, destaca:
“Essa geração valoriza não só o propósito e o ambiente de trabalho, mas entende que o reconhecimento financeiro é parte fundamental do pacote.”
A competitividade crescente no mercado, com taxas históricas baixas de desemprego, reforça a percepção de valor desses profissionais.
Como a Geração Z justifica seus pedidos de aumento
- Geração Z: fundamenta o pedido em conquistas e aprendizado contínuo
- Baby Boomers: focam no aumento do custo de vida
- Geração X e Millennials: equilibram metas atingidas e desenvolvimento pessoal
O peso do propósito e da cultura para a Geração Z
Com previsão de ocupar 27% da força de trabalho global até o final de 2025 (dados da Zurich Insurance e Fórum Econômico Mundial), a Geração Z busca mais que apenas remuneração. Um estudo da Deloitte revela que:
- 89% dos jovens dessa geração consideram essencial ter um senso de propósito para sua satisfação e bem-estar no trabalho
- 49% afirmam que podem deixar seus empregos em até dois anos se não houver alinhamento entre seus valores pessoais e a cultura da empresa
- Globalmente, 90% estariam dispostos a trocar de emprego por um mais alinhado aos seus princípios
O futuro do mercado de trabalho com a Geração Z
Esse cenário cria um mercado mais volátil e desafiador para as empresas, que precisam oferecer ambientes humanos e alinhados às expectativas dessa nova geração. Segundo Amanda Adami:
“O sucesso nas estratégias de atração e retenção de talentos dependerá do equilíbrio entre reconhecimento financeiro, oportunidades de crescimento e qualidade de vida.”